11 de abril de 2010

Dodoí

Na sexta-feira passada cheguei ao aeroporto do Galeão (Rio), bem cedo pois consegui uma carona com minha amiga Patty. E lá fiquei fazendo hora para embarcar de volta para Natal.

Conforme a hora ia passando, eu sentia que meu corpo estava ficando mole e o mal estar começava a tomar conta do meu ser. Quando entrei no avião é que vi que realmente esta doente, o ar condicionado congelante, me fez ficar com a respiração congestionada, o ouvido começou a doer, enfiim, uma viagem péssima. Não consegui dormir e quando desembarquei o choque termíco do clima de Natal, foi crucial para me derrubar.

Dito e feito, estou de cama desde sexta à noite, muito gripada. Acho que foi a mudança brusca de temperatura do Rio, de dia bem quente e a noite muita chuva e o início da friagem. Nunca tive muita resistência para as mudanças radicais do clima.

Estou a base de chá de alho com gengibre, vitamina C, e vários outros auxíliares. Até amanhã, espero ficar bem, já que justo nesta semana nós começaremos a ter aulas nos laboratórios da universidade e se eu continuar gripada não poderei participar.

Se vc souber um remédio, simpatia ou coisa do genero me avisa, estou tentando tudo. Preciso ficar bem, não aguento mais ficar deitada.

Atchin! boa noite! 

Histórias que rolam no bar

Só para esclarecer uma coisa, neste blog não escreverei apenas sobre comida, mas tudo que me der vontade, será um reflexo do que acontece comigo ou o que já aconteceu, coisas do meu cotidiano.

Nestes dias que fiquei no Rio não pude encontrar com os meus amigos mais antigos, tive contato apenas com meus amigos de trabalho. Mas tive momentos muito legais apesar de todo estresse e cansaço de produção.

No dia que o evento foi adiado a sensação de alívio misturada com tensão, foi muito grande, então como estávamos todos de mãos atadas sem saber muito o que iria acontecer, resolvemos nos juntar e sair pra tomar uns chopinhos, aliás cheguei no Rio desejando tomar um chop bem gelado, melhor coisa que fizemos, foi uma noite ótima, muito divertida, muitas risadas, nada melhor para espairecer dos dias tensos de produção.

Durante a noite, descobri que a nossa patroa, também havia sido produtora de alguns artistas e que ela tem a mesma sensação que tenho sobre a vida na estrada. Sentimos saudades de viver viajando, mas não temos a menor saudade de conviver com os artistas. Ficamos horas conversando sobre coisas que acontecem ou aconteceram durante as andanças pelo país e pelo mundo. Coisas muito engraçadas e que na hora que aconteceram foram até constrangedoras.

Um produtor de artista passa por situações que ninguém merece, mas que ele atura porque tem uma verdadeira paixão pelo que faz.

Uma vez a patroa foi obrigada a dormir num motel porque na cidade não tinha hotel, e na hora que estava saindo para o show, ouviu na recepção alguém procurando por ela e era seu namorado, extremamente ciumento que havia rodado todas as cidades da redondeza atrás dela porque soube que ela estava hospedada num motel com o artistas, ela disse que ficou morrendo de vergonha.

Todo mundo sabe ou pelo menos imagina que o mundo do show business é movido a doideira (muita droga), mas nem todo mundo é usuário dela, e nem todo artista também usa. Já trabalhei com gente normal e gente louca. Mas por conta disto já passei por situações bem constrangedoras. Sem contar os inúmeros perrengues.

Já passei muitos perrengues nessa vida artística. Quando trabalhei com funk, os perrengues eram por pura falta de respeito ao artista, os contratantes achavam que funkeiro não era artista, e por isso tratavam de qualquer jeito. Já briguei muito por causa desse descaso, não gosto que falem mal do funk, afinal de contas foi ele que me levou pelo mundo a fora e cheguei até o Japão, conheci lugares que os próprios governantes não conhecem, tipo Novo Progresso, no interior do Pára, um lugar completamente esquecido no meio da floresta amazônica, onde o único acesso é a transamazônica, estrada que foi abandonada pelo governo e nunca teve sua construção concluída. Uma das piores viagens da minha vida.
Vamos a Novo Progresso, saímos do Rio as 17 hs de uma quinta-feira, chegamos em Belém as 00 hs e ficamos até as 7 hs da manhã de sexta no aeroporto sentados, esperando o vôo para Itaituba, também no Pára, aliás acho que eu fui a única produtora no mundo a ir a Itaituba 2 vezes em menos de 4 meses com dois artistas diferentes, deve ter sido carma, enfim, pegamos o avião, se é que podemos chamar aquilo de avião, quase um monomotor, dava um frio na barriga quando olhávamos pela janela e só víamos água e mato, fora turbulência, ui ui!


Quando chegamos a Itaituba, tive mais uma surpresa, eu havia solicitado um ônibus leito ou semi-leito, pois iríamos viajar 400 km e seria legal para podermos descansar, mas adivinha o transporte que tinha na porta do aeroporto, um microônibus daqueles que o banco não reclina, o pior que não tinha nem pra onde correr, pra quem eu iria reclamar? Entramos na porra do businho e fomos embora, mas para nossa surpresa, mais uma entra tantas, aliás podíamos chamar esta viagem de Kinder ovo, só surpresas, o contratante “esqueceu” de nos avisar que os 400 km seriam em uma estrada de terra abandonada pelo governo federal, a tal transamazônica que falei anteriormente, levamos 9 horas para chegar a tal cidade, Novo Progresso, que mais parecia a estrutura que foi montada para os operários da construção de Brasília, o Ô! Ficamos 2 horas parados na estrada esperando os motoristas de caminhão consertarem uma ponte de madeira que havia quebrado. Ao chegar na cidade, só tivemos tempo de tomar um banho pra tirar a terra do corpo e fomos pro local do show, o que foi a parte mais legal de tudo, pois apesar da precariedade, o show estava lotado e geral curtiu muito. Acabando o show passamos na pousada tomamos outro banho e voltamos os 400km sem descansar. Nós não conseguíamos nem olhar um para cara do outro de tão estressado que estávamos. Neste dia eu jurei que nunca mais iria a Itaituba e nem uma outra cidade quando o contratante fosse aquele. O rei das roubadas, o cara era até gente boa, mas poxa, um vacilão.

Acho que vcs começaram a entender porque resolvi mudar de profissão, sei que vou ter problemas numa cozinha também, mas acho que serão bem menos constrangedores.

E tem quem diga que a vida de um produtor é moleza.

Vida sem glúten

O número de pessoas que está descobrindo que não pode mais comer nada que contenha glúten é muito alto. Sabemos o quanto é difícil dei...