7 de março de 2010

Aprendiz de feiticeiro

É já não postava nada a um tempinho, acho que estava sem assunto e estas duas últimas semanas foram de readaptação à minha vida nordestina, além das aulas terem começado. Aliás, falando em aula, começaremos a ter disciplinas práticas nos laboratórios da universidade. Estou muito curiosa para descobrir como serão essas matérias. Na época do Senac, as aulas práticas eram bem legais e como na universidade são mais complexas, imagino que sejam muito mais bacanas.

Uma dessas matérias será Tecnologia dos Alimentos, que nos ensinará a mexer com a alquímia dos alimentos, " bruxaria pura", kkk...

As vezes acho que todos os bruxos e bruxas das fábulas, no fundo, nada mais eram do que grandes cozinheiros. Afinal de contas para que um caldeirão tão grande, colher de pau, unhas sem fazer, abóboras decoradas, livros e mais livros de receitas mirabolantes, maçãs envenenadas, muitos temperos e a necessidade de sempre estar mexendo o que há dentro do caldeirão? Eles também faziam iguarias usando partes de animais, lembram? Asas de morcego, patas de aranha e por ai vai.
Está me achando maluca? kkk! No fundo acho que sou. As vezes tenho essas viagens. Liga não!

Mas falando sério, acho isso muito legal: aprender como mexer quimicamente com um alimento, entender a importância da temperatura para aumentar a conservação de cada alimento, sem perder muitos nutrientes.

Ao mesmo tempo que acho essa história de alteração química muito legal, também acho um tanto complicado quando lembro que hoje em dia grandes chefs estão defendendo o crescimento do movimento Slow Food em todo mundo.

O Slow Food é uma associação internacional sem fins lucrativos, criada justamente para tentar diminuir o crescimento frenético dos restaurantes e lanchonetes de comida Fast Food, aliado juntamente com a Ecogastronomia, restitui ao alimento sua dignidade cultural, favorece a sensibilidade do gosto e luta pela preservação e uso sustentável da biodiversidade. Protege espécies vegetais e raças animais, contribuindo com a defesa do meio ambiente, da cozinha típica regional, dos produtos saborosos e do prazer da alimentação. O movimento Slow Food vem para encorajar os chefs a usar ainda mais os produtos regionais e tradicionais.

Segundo o movimento Slow Food, " o prazer de saborear boa comida e bebida de qualidade deve ser combinado com o esforço para salvar os inúmeros produtos alimentícios que correm perigo de desaparecer, devido ao predomínio das refeições rápidas e ao agronegócio industrial".

Temos que nos conscientizar que se cada um fizer sua parte tudo se torna melhor. Na hora de fazer o molho do macarrão não use os extratos, purês e etc de tomate industrializados, use o próprio fruto e perca um tempinho maior no fogão. Pode ter certeza que será muito mais saboroso e prazeroso no final.


Nenhum comentário:

Vida sem glúten

O número de pessoas que está descobrindo que não pode mais comer nada que contenha glúten é muito alto. Sabemos o quanto é difícil dei...